Um estudo da Gartner, realizado entre maio e junho com 360 líderes de aplicações de TI de organizações com pelo menos 250 funcionários em tempo integral na América do Norte, Europa e Ásia/Pacífico, visou entender o impacto da IA Generativa (GenAI) e da IA agêntica em aplicações empresariais. Os dados mostram que apenas 15% afirmaram estar atualmente considerando, testando ou implementando agentes de IA totalmente autônomos — ferramentas voltadas para objetivos específicos que não exigem supervisão humana. Em contraste, 75% dos participantes disseram que estavam testando, implementando ou já tinham implementado algum tipo de agente de IA.
“O hype em torno da IA agêntica continua a crescer, com fornecedores posicionando os agentes de IA como a próxima fase da evolução da Inteligência Artificial que irá resolver as limitações dos assistentes GenAI mais tradicionais”, afirma Max Goss, Diretor Analista Sênior da Gartner. “No entanto, as preocupações com governança, maturidade e dispersão de agentes impedem ainda a construção de uma IA verdadeiramente agêntica.” Além disso, apenas 19% dos entrevistados disseram ter alta ou total confiança na capacidade dos fornecedores de oferecer proteção adequada contra alucinações; 74% veem os agentes como um novo vetor de ataque, e apenas 13% concordaram fortemente que possuem as estruturas de governança adequadas para gerenciá-los.
Agentes IA nos lugares errados. Organizações sem entendimento comum sobre quais problemas de negócios a IA pode resolver tendem a citar a produtividade no escritório como o domínio com maior impacto. Aquelas com maior alinhamento estratégico costumam se concentrar em casos de uso mais verticais, como atendimento ao cliente, ERP e vendas.
Entre todos os participantes, analytics (análise) e business intelligence lideraram a lista, com 64% classificando-os entre os três principais domínios que serão mais impactados pelos agentes de IA, seguidos por atendimento ao cliente (55%) e produtividade no escritório (39%).
“A produtividade no escritório e o espaço de trabalho digital são o padrão para organizações que ainda não têm uma compreensão sólida do que estão fazendo com os agentes, mas não são necessariamente as áreas que entregarão o maior valor”, conclui Goss. O estudo reforça a necessidade de clareza sobre casos de uso, governança e confiança nos fornecedores para avançar com IA agêntica de forma segura.