Uma nova pesquisa da Cisco, em parceria com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), analisa a relação entre riscos e benefícios da IA generativa (GenAI) e o seu efeito no bem-estar digital, revelando divisões geográficas e geracionais relevantes.
Índia lidera a adoção global da GenAI com 66,4%, seguida pelo Brasil, com 51,6%, ocupando assim o segundo lugar no uso da tecnologia.
Em contraste, países europeus demonstram menos confiança na GenAI e maior incerteza quanto ao seu uso, segundo a pesquisa, que aponta diferenças marcantes entre regiões.
Entre os países emergentes, a adoção é alta, mas o estudo também aponta uso mais intenso da GenAI para lazer (tempo de tela maior) e maior dependência de socialização digital, o que pode estar ligado a flutuações emocionais observadas entre os usuários.
Pessoas com menos de 35 anos são as que mais utilizam IA, respondendo por aproximadamente 50% da prática global, e as que consideram a IA mais útil, com índices acima de 75%. Quase metade dos jovens entre 26 e 35 anos já realizou algum treinamento em IA.
Por outro lado, indivíduos com mais de 45 anos tendem a ver a IA como menos útil, e mais da metade não a utiliza, o que pode indicar que a incerteza está ligada à menor familiaridade com a tecnologia.
O estudo é apresentado como um chamado global para que a IA seja desenvolvida de forma responsável, com foco em transparência, justiça e privacidade, para promover o bem-estar digital. Como explicou Guy Diedrich, vice-presidente sênior e diretor global de Inovação da Cisco: “Com a rápida integração da IA em nossas vidas e locais de trabalho, devemos garantir que essas ferramentas sejam projetadas de forma responsável, com transparência, justiça e privacidade em sua essência.”