Uma previsão ousada aponta que, nos próximos anos, a expressão “eu te amo” pode ser direcionada com mais frequência a robôs do que a humanos. A ideia, amplamente discutida, revela uma transformação em curso na forma como nos relacionamos com IA e robótica no dia a dia.
Pesquisadores da Universidade de Waseda, no Japão, aplicaram a teoria do apego às interações entre pessoas e IA. O estudo identifica duas dimensões centrais: ansiedade de apego, que busca validação emocional constante da IA, e evitação de apego, marcada pela preferência por manter distância emocional.
Segundo os dados, quase 75% dos participantes já recorrem à IA para aconselhamentos e cerca de 39% a veem como presença estável em suas rotinas. Para muitos, a IA funciona como mentor, confidente ou amigo, oferecendo companhia sem julgamentos.
No entanto, a dependência emocional é um risco real. A pesquisa reforça a necessidade de transparência no desenho dessas tecnologias e de políticas claras de privacidade para proteger dados sensíveis partilhados durante conversas íntimas.
À medida que as fronteiras entre humano e máquina se estreitam, o desafio central é usar a tecnologia para fortalecer a conexão humana, e não substituí-la. O objetivo é aprender a amar melhor uns aos outros, com robôs atuando apenas como ferramentas de suporte, não como substitutos.