O Ministério das Comunicações apresentou na SET Nordeste, realizada em Fortaleza, as ações em curso para viabilizar linhas de financiamento que apoiem a TV 3.0, a nova geração da TV aberta brasileira. Os primeiros diagnósticos indicam que o setor deverá demandar cerca de 3,8 bilhões de reais apenas para a aquisição de transmissores nas 15 maiores regiões metropolitanas do país.
Segundo a pasta, está em andamento a criação de linhas de crédito com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco Mundial e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “São recursos que vão contemplar toda a cadeia da TV 3.0, da transmissão e recepção à criação de novas aplicações”, explicou Tawfic Awwad Junior, diretor do Departamento de Inovação, Regulamentação e Fiscalização da Secretaria de Radiodifusão (Serad).
Publicidade segmentada é apontada como uma das possibilidades. A TV 3.0 deverá abrir novas oportunidades de negócios para emissoras, teoricamente compensando os pesados investimentos que precisarão ser feitos. Do ponto de vista tecnológico, deverá ser viável veicular publicidade segmentada e até facilitar a compra de produtos e serviços diretamente pela televisão.
As transmissões iniciais da TV 3.0 devem ocorrer até a Copa do Mundo de 2026, começando pelas grandes capitais. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) também apoiará o avanço, destinando R$ 25 milhões para o desenvolvimento de novas aplicações.
“Nesse novo sistema, as possibilidades são infinitas. O telespectador terá, com a TV aberta, uma experiência muito próxima à dos serviços de streaming”, destacou Tawfic.
