A TIM detalhou, nesta terça-feira, 4, os objetivos do acordo com a IHS para a construção de até 3 mil torres ao lado da operadora de infraestrutura, com foco em serviços B2B e na substituição de torres consideradas caras, quando renegociações não progridem.
Segundo o CEO da empresa, Alberto Griselli, a ideia é usar o contrato com a IHS para substituir torres de alto custo por novas unidades, desde que a operação gere economia em relação ao preço de mercado. Trata-se de uma estratégia de gestão de custos com dois objetivos: atender clientes corporativos e criar uma alternativa para substituir torres cuja tarifa seja superior à prática de mercado.
O modelo de implantação acordado é o MAKE, que permite a construção de sites próprios com ou sem o apoio de parceiros. O projeto prevê um mínimo de 500 torres, com capacidade para chegar a até 3 mil unidades, expandindo a presença da TIM para atender empresas do agronegócio e da mineração.
A TIM tem buscado renegociar contratos de torres com operadoras de infraestrutura para reduzir custos de lease. A CFO Andrea Viegas informou que a meta para o ano é manter o ritmo do crescimento dos custos com arrendamento alinhado à inflação, mesmo com o aumento do número de estruturas para a expansão da rede 5G, já presente em mil cidades.
Em termos regulatórios, o STF validou uma lei que derrubou limites mínimos de distância entre torres novas e existentes, movimento percebido como favorável às teles na busca por maior cobertura.
Outra linha de atuação envolve o compartilhamento de rede (RAN sharing) com a Vivo para serviços de 2G, 3G e 4G. O Cade aprovou o acordo com restrições geográficas, e a Anatel ainda precisa analisá-lo. O vice-presidente regulatório, Mario Girasole, afirmou que, mesmo com as limitações, o acordo de RAN sharing é essencial para a TIM ganhar eficiência na implantação de rede.