A TIM assinou nesta quarta-feira um acordo com o Ministério das Comunicações e com a Marinha para ampliar a capacidade de comunicação da Estação Antártica Comandante Ferraz, que passará a contar com conectividade 5G a partir de fevereiro de 2026.
O ato ocorreu na Embaixada da Itália, com a participação dos ministros Frederico de Siqueira (Comunicações), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e José Mício (Defesa), além do presidente da Anatel, Carlos Baigorri, e representantes da Marinha.
Alberto Griselli, CEO da TIM, destacou que conectar a Antártica ao 5G abre novas possibilidades para a ciência, reduzindo distâncias e fortalecendo vínculos entre equipes. Ele ressaltou ainda que, no contexto de debates globais como a COP30, a tecnologia pode promover avanços sustentáveis na pesquisa.
A TIM é responsável por garantir conectividade à estação desde 2023, evoluindo a assistência após a incorporação da Oi Móvel. O caminho para o 5G incluiu ampliar o backhaul com apoio de satélite, introduzir 4G nas faixas de 700 MHz e, finalmente, chegar ao 5G.
Segundo Marco Di Costanzo, CTO da TIM, o 5G permitirá menor latência e mais dispositivos conectados; no futuro próximo, a rede poderá até utilizar slicing para uso científico na Antártica, com banda reservada.
Daniel Stertz, gerente sênior de tecnologia, explicou que a rede atende não apenas às equipes no campo, mas também ao fluxo de dados de pesquisa, segurança e monitoramento de sensores IoT, conectando pesquisadores no continente e nas áreas adjacentes.
A logística de implantação é desafiadora: a janela de trabalho no verão é de apenas dois meses, com deslocamento de equipes exigindo apoio pesado da Marinha; o link envolve antenas satelitais, a estação rádio base (parceira Nokia) e a rede FWA local, mantendo o core no Rio de Janeiro.
O 5G é visto como essencial para a cobertura contínua na Antártica, abrangendo também a estação polonesa a cerca de 9 km e eventual tráfego turístico na região, sempre com foco no uso científico e na rotina de até 255 pessoas na base.