A Sky tem observado resultados positivos em ações para combater pirataria audiovisual na região, especialmente após uma operação recente que desmantelou um grande esquema que operava a partir da Argentina, desligando mais de uma dezena de portais piratas sediados em Buenos Aires.
O presidente da Sky, Gustavo Fonseca, afirmou que medidas de autoridades brasileiras, como a Anatel, já vinham gerando uma queda no consumo pirata; no entanto, o impacto mais expressivo veio no início do mês com a derrubada daquele império de streaming ilegal na Argentina.
A operação resultou no desligamento de várias plataformas piratas que atuavam a partir de uma empresa sediada em Buenos Aires. A base de assinantes apenas no Brasil foi estimada em mais de 4,5 milhões, que pagavam entre R$ 20 e R$ 30 por mês.
A retirada do ar dos portais ilegais já demonstrou efeitos nas vendas da Sky nas últimas semanas, segundo o executivo, que classifica a pirataria como a principal concorrente da cadeia de valor audiovisual.
Para enfrentar o problema, a Sky defende propostas de cooperação entre concorrentes, soluções a preços mais acessíveis e campanhas de conscientização sobre os impactos da prática. Fonseca ressaltou ainda que o consumo de conteúdo ilegal não está restrito a faixas de renda mais baixa e que devem ser discutidas ações que alcancem também segmentos de maior poder aquisitivo, além de investigar ligações entre distribuidores ilegais e facções criminosas junto ao mercado consumidor.