As federações Fenattel, Fitratelp e FITT/Livre divulgaram nesta terça-feira uma nota pública expressando profunda preocupação com a situação pré-falimentar da Oi e rejeitando a liquidação determinada pela Justiça, que poderá ocorrer nos próximos dias.
Segundo os sindicalistas, que representam trabalhadores da Oi e de suas subsidiárias Serede e Tahto, há uma “ameaça de desemprego em massa” a partir de 1º de novembro caso o processo de liquidação avance, e há críticas ao silêncio da administração e dos interventores indicados pela Justiça.
As entidades afirmam ter protocolado pedidos formais de audiência com os interventores judiciais Dra. Tatiana Binato (Serede e Tahto) e Bruno Resende (Oi S.A.), destacando que a reunião é essencial para defender o emprego e a renda, mas ainda não foi marcada.
A nota também acusa transferência de contratos da Oi Serviços para terceiros sem informar como ficará a transferência de trabalhadores para as empresas que assumirão os serviços, pauta que os sindicatos consideram central.
Em meio à crise, as federações lembram que a Oi já quebrou um acordo ao não pagar uma parcela do Programa de Participação nos Resultados de 2024, prejudicando centenas de empregados.
Para Fenattel, Fitratelp e FITT/Livre, a empresa possui ativos suficientes, incluindo participação acionária na V.tal (27%), imóveis e créditos de arbitragem com a União, para evitar a falência e preservar empregos — e defendem uma recuperação que priorize a preservação de empregos.
Cabe lembrar que em 30 de setembro a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro decretou a antecipação da liquidação parcial da Oi, com destituição da diretoria e a transição de serviços essenciais para interventores.