O fim do ano costuma ampliar o risco digital, com o volume de transações online atingindo o ápice entre novembro e dezembro. Nesse período, plataformas digitais para compras, emissão de documentos, assinaturas eletrônicas e acessos a sistemas governamentais passam a operar em alta velocidade, aumentando a probabilidade de falhas de validação e de violação de identidades digitais.
Neste cenário, a segurança digital deixa de ser coadjuvante e passa a ocupar posição central na agenda das lideranças de TI. Organizações de todos os portes precisam equilibrar agilidade e resiliência para evitar interrupções que possam comprometer fechamento de balanços, obrigações fiscais e planejamento do próximo ciclo.
A certificação digital surge como pilar estratégico, indo além de requisito burocrático. Ela assegura validade jurídica, integridade de informações e continuidade de processos críticos como pagamentos de 13º salário, concessões de férias e acessos a sistemas governamentais, cujos desvios podem afetar a reputação da empresa.
Um dos problemas mais recorrentes nessa época é a expiração de certificados digitais. Quando isso ocorre nos momentos críticos, a emissão de notas fiscais ou o acesso a sistemas pode ser paralisado. Em 2024, mais de 30% das renovações ocorreram em cima da hora, evidenciando a tendência de adiamento de decisões essenciais diante do acúmulo de demandas.
Entre as tendências para 2025, destacam-se: a redução da dependência de dispositivos físicos com certificados digitais em nuvem, maior automação de processos para reduzir retrabalho e o uso de soluções que ofereçam segurança de forma descentralizada, compatível com operações híbridas. A segurança, nesses casos, passa a ser diferencial competitivo, com foco em conformidade, governança de dados e infraestrutura robusta.
Antecipar a renovação do certificado digital é uma decisão estratégica que reduz gargalos e aumenta a previsibilidade operacional para 2026. Profissionais de contabilidade, jurídica, saúde, tecnologia e empresários devem planejar com antecedência para evitar impactos em operações públicas e privadas, mantendo continuidade e confiança no ambiente digital.
O panorama para 2026 aponta para aceleração da digitalização, expansão de serviços em nuvem, novas integrações com governo, bancos e saúde e maior automação de processos de identidade digital. Em resumo, a segurança digital não é detalhe operacional: é condição essencial para continuidade, confiança e crescimento sustentável no próximo ciclo.