O Tribunal Superior Eleitoral reuniu 27 pesquisadoras e investigadores na 8ª edição do Teste Público de Segurança dos Sistemas Eleitorais, o Teste da Urna 2025, para executar 35 planos de ataque com o objetivo de identificar fragilidades e aprimorar os sistemas de votação, apuração e totalização que serão utilizados nas Eleições Gerais de 2026.
A iniciativa integra o ciclo permanente de desenvolvimento e auditoria da urna eletrônica, considerada uma das principais ferramentas de fiscalização do processo eleitoral. O evento é acompanhado por instituições fiscalizadoras, observadores acadêmicos e imprensa, reforçando o compromisso da Justiça Eleitoral com a transparência e a integridade do sistema.
Entre os planos aprovados nesta edição, cinco pertencem a um grupo de pesquisadores de Juiz de Fora (MG), que tentam corromper uma das fontes do sistema da urna e substituí-la por outra, desenvolvida pela própria equipe. Rosângela Marques, 39 anos, participante pela primeira vez, é uma das três pesquisadoras deste ano e destaca a importância de incluir profissionais de diferentes áreas.
A participação da Universidade de São Paulo (USP), que coopera com o TSE desde 2021, envolve atualmente doutorando, quatro mestrandos e cerca de oito estudantes de iniciação científica, cujos resultados alimentam pesquisas, dissertações e artigos. Uma tese de doutorado baseada em achados do programa deve ser defendida em 2026. O convênio entre TSE e USP envolve quatro eixos: o teste da urna, com foco na transmissão e recepção de dados; o Projeto Eleições do Futuro, voltado a inovações para o sistema eleitoral; o desenvolvimento de logs transparentes para a recontagem de votos; e propostas de verificabilidade fim a fim para testes diretos na urna.
O evento é acompanhado por diversas instituições fiscalizadoras, além de observadores acadêmicos, fortalecendo a transparência do processo e demonstrando o compromisso da Justiça Eleitoral com a integridade do voto.
