Em nota divulgada nesta sexta-feira, 7, a Fitratelp, federação que representa trabalhadores da Serede (subsidiária da Oi), denunciou atraso no pagamento dos salários dos empregados da empresa.
Segundo o comunicado interno enviado aos colaboradores, o atraso é descrito como uma “situação temporária” e envolve “medidas judiciais” que teriam atrapalhado o pagamento na data prevista.
Na nota, a entidade aponta que:
- Os empregados da Serede continuam a cumprir suas jornadas, “executando suas tarefas com dedicação e profissionalismo” e mantendo os serviços essenciais à disposição;
- O salário tem natureza alimentar e seu atraso penaliza milhares de famílias, afetando sustento, dívidas e dignidade;
- A crise societária, judicial ou financeira que levou o Grupo Oi à situação atual é alheia à vontade e à responsabilidade dos trabalhadores, que não podem ser penalizados por problemas que não lhes dizem respeito.
A mobilização imediata da categoria foi anunciada, com protestos em todo o país até que a integralidade dos salários seja efetivamente regularizada.
A entidade também apela às autoridades, aos interventores e à administração da Serede para que não transfiram aos empregados – diretos e indiretos – o peso da crise, destacando que a responsabilidade recai sobre quem originou a derrocada do Grupo Oi.
A Fitratelp também defende que a Oi e suas subsidiárias, incluindo a Serede, possuem patrimônio e ativos que podem viabilizar a recuperação da empresa e o cumprimento imediato de seus compromissos trabalhistas.
“A Justiça do Trabalho deve assegurar que os salários dos trabalhadores sejam a prioridade máxima e que nenhum centavo seja desviado antes que as obrigações com o sustento das famílias sejam cumpridas”, conclui o comunicado da Fitratelp.