Empresas de satélite estão ampliando o conjunto de serviços oferecidos ao mercado corporativo. No último dia do Congresso Latinoamericano de Satélites, executivos avaliaram a evolução do posicionamento das operadoras, que passam a atuar como provedores de soluções além da simples conectividade.
Ricardo Amaral, vice-presidente de marketing e venda da Hughes, afirmou que há uma preocupação constante com a presença de satélites, mas, no segmento enterprise, o satélite deixou de ser mandatório e passou a ser apenas uma opção, escolhida quando é a melhor solução para o cliente.
O executivo também ressaltou que desenvolver soluções é uma jornada longa e que é preciso construir um ecossistema, migrando de um papel de integrador de rede para integrador de solução. A Hughes busca esse ecossistema entre parceiros, incluindo startups, para entregar soluções que envolvem IoT, aplicações e software.
Amazon Kuiper está prestes a iniciar operações comerciais via satélite e mira agregar valor aos serviços B2B por meio da integração com a AWS. Bruno Soares Henriques, consumer lead da empresa para a América Latina, disse que o projeto já nasce enterprise grade e que a integração com a nuvem é o principal serviço agregado. “Qualquer terminal conectado à nossa rede de satélites está 100% integrado ao backbone da AWS”.
Hispasat, representada por Sérgio Chaves, afirmou que a empresa atua como consultor para o cliente, chegando a atuar em diversos setores, inclusive erguer centros de operação e obra civil quando necessário. Chaves informou também que a Hispasat está reavaliando sua estratégia de nuvem, mantendo soluções GEO e LEO, com atenção ao mercado de redes privativas, ainda sem lançamento de produto para o Brasil.