Durante o Painel Telebrasil 2025, a Receita Federal apresentou o ambicioso plano de um sistema digital 156 vezes maior que o PIX, com perspectiva de começar testes em janeiro de 2026 e envolver estados, municípios, Banco Central e o setor privado.
O secretário especial Robinson Barreirinhas destacou que o projeto exigirá soluções tecnológicas inéditas e, em alguns casos, implementação por etapas, como ocorre com o mecanismo de split payment.
Ele revelou que há busca por abrir um espaço no PIX para ligar a transação a documentos fiscais, mirando processar tudo sem atrasar nem um milissegundo, enquanto o volume de informações deverá superar de longe o atual fluxo do PIX, com cerca de 70 bilhões de documentos.
No início, a divisão tributária vai operar com um split intermediário, ajustando valores minutos ou horas após a transação, pois nem sempre todos os créditos de um fornecedor estarão inseridos naquele momento.
Para viabilizar a transição, a Receita criou 30 grupos temáticos de regulamentação e outros 30 de implementação, com participação de representantes estaduais, municipais, da sociedade civil e de setores como telecomunicações, já recebendo mais de 2 mil contribuições.
O governo também aposta num sistema ‘poliglota’, capaz de processar diferentes tipos de documentos fiscais e cruzar dados com o CPF, endereço e histórico de compras, além de oferecer uma calculadora para desenvolvedores preverem como a Receita interpretará operações e reduzir litígios.