A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público de São Paulo (MPSP), por meio do CyberGAECO, deflagraram nesta quinta-feira a segunda fase da Operação Magna Fraus, que visa desarticular uma sofisticada rede criminosa especializada em fraudes no sistema financeiro nacional.
O grupo é responsável por um desvio de R$ 813 milhões de contas bancárias e instituições de pagamento, movendo recursos de forma ágil e pouco rastreável por meio do PIX e de criptoativos.
A operação mobilizou 42 mandados de busca e apreensão e 26 de prisão (19 preventivas e 7 temporárias), e ocorre em 11 cidades, incluindo Goiânia, Brasília, São Paulo, Belo Horizonte e João Pessoa. Conta ainda com apoio internacional de autoridades da Espanha, Portugal e Argentina, na cooperação da Interpol.
As investigações indicam o uso de técnicas de dissimulação de valores para dificultar o rastreamento, com criptoativos atuando como meio de ocultação. A primeira fase da operação permitiu localizar a chave privada de acesso a criptoativos vinculados ao grupo, possibilitando a apreensão de cerca de R$ 1 milhão em moedas digitais.
Prisão de envolvidos no exterior ocorreu de forma coordenada, reforçando a dimensão internacional da fraude. Além das criptomoedas, foram apreendidos veículos de luxo e joias. O Poder Judiciário bloqueou bens e valores que chegam a cerca de R$ 640 milhões, evidenciando a magnitude do esquema.
Os investigados responderão por organização criminosa, invasão de dispositivo informático, furto mediante fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. As apurações seguem com o apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Civil do Distrito Federal, com foco na recuperação dos valores desviados e na responsabilização dos envolvidos.