Em defesa de cerca de 20 mil trabalhadores diretos e indiretos do Grupo Oi, as federações FENATTEL, FITRATELP e FITTLIVRE uniram esforços em duas frentes: política e judicial, buscando a manutenção dos empregos e a proteção de direitos durante o processo de recuperação judicial e a falência declarada da companhia.
Em Brasília, representantes sindicais—incluindo lideranças da FENATTEL, FITRATELP e FITTLIVRE—pediram apoio governamental para preservar as atividades e minimizar demissões, destacando a notícia de que a Serede começou a pagar os atrasados em todos os estados e prevê regularizar pendências até sexta-feira, 14/11.
O grupo sindical também protocolou uma petição na 7ª Vara Empresarial, buscando ser ouvido como “terceiro interessado” no processo, com a juíza Simone atuando no caso. Essa é mais uma ofensiva jurídica na sequência da falência decretada contra a Oi.
Os sindicalistas apresentaram uma série de argumentos para justificar a reformulação da sentença de falência, afirmando que a empresa de recuperação judicial falhou após anos de tentativas e pedem à Justiça a priorização de medidas como a manutenção de empregos, tratamento digno e remuneração integral das verbas rescisórias, bem como a discussão sobre o papel da Fundação Atlântico e a possível inclusão da empresa adquirente da Oi Soluções como novo patrocinador.
Quanto ao Serede, as federações exigem ações imediatas que permitam a conquista de novos contratos e a ampliação do vínculo com a Oi Soluções, com o objetivo de reduzir ao mínimo as demissões no atual quadro. Em todos os comunicados, as entidades destacam a necessidade de um Plano Estruturado de Demissões para os próximos 3, 6 e 12 meses, com iniciativas para mitigar impactos sociais e evitar deterioração do clima organizacional.
Diálogo Urgente com Administradores Judiciais: as federações reiteraram, pela terceira vez, pedidos formais de audiência em regime de urgência com os Administradores Judiciais da Oi S.A. e, especificamente, com a Interventora Judicial da Serede e TAHTO (Dra. Tatiana Binato). A urgência é baseada no Tema 638 do STF, que exige o diálogo prévio, leal e efetivo com as entidades sindicais para qualquer dispensa coletiva de trabalhadores.
Exigências para Serede: diante da recuperação judicial de Serede, após a perda de contrato relevante, os sindicatos defendem medidas imediatas para facilitar a obtenção de novos contratos, ampliar a parceria com a Oi Soluções e evitar demissões em massa. Também é requisitada a apresentação de um Plano Estruturado de Demissões para os próximos 3, 6 e 12 meses, com ações concretas para mitigar impactos sociais e manter o clima institucional estável.