A Oi comunicou nesta segunda-feira, 3, a conclusão de um processo de digitalização de suas interconexões com outras operadoras, com a migração de estruturas de tráfego de voz e dados para plataformas digitais.
A mudança resultou em uma arquitetura com topologia mais simples, menos pontos de conexão e maior integração com diferentes operadoras, promovendo maior estabilidade e rapidez nas transmissões.
O projeto envolveu a substituição de equipamentos legados por soluções baseadas em tecnologia IP, abrangendo 258 operadoras em 27 estados e a migração de mais de 4.325 rotas.
“Na prática, o modelo de telefonia fixa baseado em cabos e conexões tradicionais de cobre foi substituído por uma plataforma digital hospedada em nuvem, chamada UCS. Essa solução substitui a linha fixa convencional de cobre por uma linha fixa que utiliza a Internet como meio de transmissão”, explicou a tele em recuperação judicial.
Embora tenha incluído a retirada da antiga infraestrutura de cobre – que envolve mais de 370 mil km de cabos e 80 mil estações –, o grande marco está na consolidação da rede em apenas duas estações digitais, localizadas no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, segundo a empresa.
Em parceria com a Hughes, a Oi migrou o serviço para operação via satélite, garantindo conectividade em mais de 7 mil pontos, sobretudo em comunidades remotas que ainda dependem da telefonia fixa como recurso essencial de comunicação.
O processo de digitalização foi coordenado pela gestão judicial da Oi, nomeada pela 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro no final de setembro; na mesma ocasião, a Justiça decretou a liquidação provisória da empresa, a suspensão das obrigações extracon cursais e a transição de serviços essenciais prestados pela operadora. No último dia 30 de outubro, a decisão foi prorrogada por 10 dias, dando mais prazo para a definição sobre a liquidação integral da Oi.