A Oi informou que, sujeita ao aval da Justiça, avalia um reforço de caixa de até 2,6 bilhões de reais caso mudanças no aditamento do plano de recuperação judicial aprovado em 2024 sejam aprovadas pelos credores.
A conferência de resultados do terceiro trimestre, conduzida pelo diretor financeiro (CFO) Rodrigo Aguiar, trouxe os detalhes. “As ações propostas [no aditamento] incluem a repactuação de credores pontuais, a exemplo dos credores classe I [trabalhistas], fornecedores parceiros e Take or Pay, com novas condições de pagamento que podem gerar para um reforço de caixa de 2,6 bilhões de reais para a Oi”, afirmou o executivo.
Entre as mudanças previstas, estão a adesão de credores extraconcursais, alterações na distribuição de recursos provenientes da venda de imóveis e a possibilidade de utilização de depósitos recursais vinculados a ações trabalhistas, segundo a empresa. O objetivo, segundo Aguiar, é preservar o caixa por meio do alongamento e repactuação de obrigações, após a não concretização de premissas importantes do plano de recuperação judicial de 2024.
Ao fim do segundo trimestre, a Oi encerrou com cerca de R$ 1,15 bilhão em caixa, queda de R$ 300 milhões frente ao fim do primeiro trimestre, impulsionada pela venda de ativos não-core e por negociações pontuais com credores extraconcursais. No início do terceiro trimestre, houve uma entrada de caixa de R$ 97 milhões relacionada à cessão de créditos ligados a uma desapropriação em Belo Horizonte.
Além disso, a gestão de caixa foi destacada como um dos grandes desafios da transformação da empresa, que planeja migrar para um modelo asset-light, com foco no atendimento a clientes corporativos por meio das unidades Oi Soluções, Serede, Tahto e Oi Services. A companhia também tem enfrentado disputas judiciais com fornecedores que podem afetar a continuidade de serviços, inclusive para órgãos públicos.