O anúncio do NIST encerra um processo de mais de sete anos de análises públicas, testes globais e cooperação entre pesquisadores, especialistas em segurança e a indústria, definindo algoritmos que deverão substituir ou complementar padrões amplamente usados hoje, como RSA e ECC.
Embora computadores quânticos capazes de quebrar chaves em larga escala ainda estejam em estágio experimental, o NIST alerta que o risco é real e crescente, já que agentes mal-intencionados podem interceptar tráfego criptografado hoje para decifrá-lo no futuro.
Entre os destaques estão abordagens baseadas em lattice-based cryptography, consideradas as mais promissoras para resistir à quebra quântica, com opções de proteção híbrida para facilitar a transição sem romper a compatibilidade com sistemas legados.
Os novos padrões orientam as organizações a realizar um inventário completo de seus sistemas criptográficos, identificando onde as chaves vulneráveis estão em uso e por quanto tempo os dados precisam permanecer protegidos.
A migração, porém, envolve cadeias globais de fornecedores e pode levar anos, pressionando governos e empresas a acelerar atualizações de hardware, software, políticas de compliance e governança de dados.
Especialistas destacam que as decisões do NIST tendem a acelerar iniciativas similares na União Europeia, Reino Unido e Japão, influenciando mercados emergentes na América Latina e no Brasil.