A Lightera, resultante da fusão entre Furukawa Electric, OFS e Lightera Latam, escolheu o Brasil como centro de comando para a América Latina. Segundo Roberto Kihara, Global Senior Director for Global Data Center Marketing da companhia, as operações brasileiras coordenam atividades “do México para baixo, juntamente com as fábricas que a empresa mantém no México e na Argentina”.
O Brasil também é visto como centro de excelência, exportando produtos desenvolvidos localmente para outras unidades. “Além de integrar soluções, a gente tem produtos que desenvolveu, fabrica e exporta para as outras unidades também”, comentou Kihara.
No mercado brasileiro, a integração das marcas facilita o acesso a tecnologias produzidas no Japão e nos EUA. No setor de data centers, a empresa já fornece cabos ópticos de alta densidade fabricados fora do Brasil. “O consumo de energia aumentou em 100 vezes, isso está diretamente relacionado ao uso de fibra ótica. Cada vez mais os clientes precisam de cabos de menor densidade”, disse Kihara. “Estamos trazendo cabos de altíssima densidade que ocupam muito menos espaço no data center”.
Entre as inovações, Kihara destacou os cabos rollable ribbon e uma nova geração de fibras que podem reduzir a latência em até 30%, permitindo distâncias maiores e mais flexibilidade na escolha de locais para implantação de data centers.
No plano de parcerias globais, a Lightera mantém cooperação com a Nokia, integrando também equipamentos de baixa latência no Brasil. Sobre a Medida Provisória que instituiu o ReData, o executivo afirmou que o regime pode impulsionar investimentos represados e tornar o Brasil mais competitivo frente aos EUA e à Europa, citando a possibilidade de reduzir o capex de projetos em andamento.
A demanda por soluções de fibra de alta performance e baixa latência permanece alta, puxada principalmente pelo mercado de data centers, mas com crescimento também entre operadoras de telecomunicações, segundo Kihara.