O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou o relatório de entregas do Programa Justiça 4.0, destacando avanços da transformação digital no Judiciário entre 2023 e 2025, sob a gestão do ministro Luís Roberto Barroso. O documento ressalta o Jus.br como um dos pilares da modernização e cita o lançamento da plataforma em dezembro de 2024.
O Jus.br centraliza serviços de todos os 90 tribunais brasileiros e, em menos de um ano, alcançou cerca de 500 mil usuários e 4 milhões de acessos, consolidando-se como hub único de acesso a informações e serviços da Justiça.
Com login e senha únicos, o Jus.br serve a magistrados, servidores e atuantes do sistema, bem como a advogados, defensores, membros do Ministério Público, cidadãos e cidadãs, garantindo uma experiência com a mesma interface em diversos tribunais.
Outros marcos incluem a expansão do Domicílio Judicial Eletrônico, com mais de 9 milhões de usuários e 40 milhões de comunicações, além da consolidação do Codex, base nacional de dados judiciais que agrega informações em tempo real de todo o país. No período, aproximadamente 40 projetos foram conduzidos, incluindo o SisPreq (Sistema Nacional de Gestão de Precatórios) e o Sniper (Sistema Nacional de Investigação Patrimonial e Recuperação de Ativos).
O CNJ também destacou que a estratégia inclui capacitação: desde 2022, mais de 12 mil profissionais participaram de cursos em inteligência artificial, programação e inovação judicial, fortalecendo a sustentabilidade das soluções digitais e a troca de boas práticas entre tribunais.
Segundo Barroso, o desafio é usar a tecnologia para ampliar o acesso à Justiça e não para automatizar injustiças. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) elogiou o modelo brasileiro, afirmando que ele pode servir como referência internacional para uma Justiça mais ágil, inclusiva e transparente.