Nos últimos 20 anos, a transformação digital remodelou o papel do CIO, que deixou de ser apenas um guardião da infraestrutura para se tornar um agente estratégico de crescimento e inovação. Hoje, o CIO atua como um líder que conecta tecnologia, negócios e clientes, alinhando as soluções de TI às metas de negócio e ao valor para a empresa.
O conceito de ambidestria define a nova missão: manter a operação estável enquanto se impulsionam inovações disruptivas. Igor Freitas, vice-presidente de Tecnologia da Cogna Educação, afirma que não basta garantir disponibilidade — é preciso entregar visão de futuro acompanhada de resultados concretos. O CIO ambidestro equilibra eficiência operacional com expansão tecnológica.
A liderança humanizada ganhou espaço: o CIO precisa cultivar equipes com confiança, empatia e colaboração. Karine Chaves, CTIO da Junto Seguros, reforça: “A tecnologia sozinha não entrega nada. O que faz a diferença é ter uma liderança capaz de inspirar, engajar e direcionar as pessoas para o objetivo comum.”
Diversidade e inclusão estratégica passaram a ser fatores centrais de negócio. A participação de mulheres em posições de liderança em tecnologia ainda é baixa; Márcia Wolff aponta que a representação feminina em cargos altos na área é de apenas 16%. A jornada do CIO deve promover ativamente a inclusão, ampliando a diversidade de perspectivas que impulsionam a inovação.
Para o futuro, tendências como Inteligência Artificial, automação, Cloud Computing e Data Mesh, sustentabilidade digital e cultura ágil vão moldar a jornada do CIO. Márcia Wolff resume o novo papel: autodesenvolvimento e autoconhecimento são cruciais para gerar impacto positivo na sociedade, nas equipes e nas empresas.