A IBM anunciou hoje, 12 de novembro, avanços técnicos para reduzir falhas em seus processadores quânticos e avançar rumo à vantagem quântica, com novos chips, melhorias de software e modernização da manufatura, mirando computação tolerante a falhas até 2029.
O anúncio destaca dois marcos: o IBM Quantum Nighthawk, com 120 qubits conectados e 218 acopladores ajustáveis, e o IBM Quantum Loon, projeto que reúne os elementos para correção prática de erros em grande escala.
O Nighthawk deverá ficar disponível aos usuários no fim de 2025, oferecendo conectividade 20% maior que o modelo anterior (Heron) e a capacidade de circuitos 30% mais complexos, com até 5.000 portas de dois qubits, mantendo baixas taxas de erro. Versões futuras devem chegar a 7.500 portas em 2026 e 15.000 em 2028, com mais de 1.000 qubits conectados.
A IBM projeta que os primeiros casos de vantagem quântica verificada pela comunidade científica ocorram até o final de 2026, com rastreador aberto em parceria com Algorithmiq, Flatiron Institute e BlueQubit para acompanhamento público.
O IBM Quantum Loon representa o protótipo da próxima geração de hardware quântico, integrando camadas de roteamento de baixa perda, acopladores de longo alcance e sistemas de redefinição automática de qubits, permitindo a implementação de códigos de correção de erros quânticos (qLDPC). Em avaliação, a decodificação de erros em tempo real alcançou 480 nanossegundos, cerca de 10 vezes mais rápida que métodos atuais.
Para sustentar esse avanço, a IBM expandiu a fabricação, transferindo wafers quânticos para 300 mm na planta Albany NanoTech, em Nova York. O novo modelo de manufatura dobrou a velocidade de P&D e aumentou a complexidade física dos chips, permitindo múltiplos projetos paralelos. O stack de software Qiskit também foi aperfeiçoado, proporcionando 24% mais precisão em circuitos dinâmicos e redução de custos computacionais em mais de 100x, com mitigação de erros via HPC. A empresa planeja integrar novas bibliotecas de aprendizado de máquina e otimização até 2027.