A adoção da IA nas equipes de TI tem se expandido de forma gradual, com impactos que vão além da simples automação. Do monitoramento de infraestruturas à gestão de serviços, as equipes começam a perceber ganhos de eficiência ao liberar tarefas repetitivas, mas também enfrentam um acúmulo de responsabilidades que exigem novas competências.
O principal desafio não é apenas instalar ferramentas de IA, mas manter o desempenho da automação: supervisão constante, ajustes periódicos e resolução de falhas se tornam rotinas. Esse novo patamar de operação requer uma visão integrada de processos de negócios, além do conhecimento técnico tradicional.
Com a IA, tarefas manuais como análise de logs, testes e monitoramento passam a ser automatizadas, liberando tempo para inovação e a construção de soluções de maior valor. Ainda assim, a gestão de uma infraestrutura cada vez mais automatizada aumenta a complexidade e demanda competências adicionais em áreas como dados e segurança.
O retrabalho aparece conforme surgem novas demandas de negócios: as ferramentas de automação precisam ser reconfiguradas ou reprogramadas para acompanhar mudanças, melhorias ou correções. Além disso, o volume de dados processados pela IA exige técnicas de machine learning, big data e análise preditiva para extrair valor real.
Novas funções começam a despontar, entre elas Engenheiro de automação e IA, Especialista em governança de dados e Cientista de dados/Analista de IA. Esses papéis elevam a TI a um patamar estratégico, com decisões cada vez mais embasadas em dados e orientadas pela transformação digital.
Para o longo prazo, a formação contínua é essencial: programas de capacitação, treinamentos e certificações passam a ser diferenciais para acompanhar tendências em IA, cibersegurança e governança de dados. Além da tecnologia, gerir mudanças culturais é fundamental para que a IA seja eficaz nos resultados da empresa.