A Paramount Skydance apresentou uma oferta hostil de US$ 108,4 bilhões para adquirir a Warner Bros. Discovery, uma movimentação que redefine o tabuleiro de controle sobre o conglomerado e eleva a tensão entre grandes estúdios e plataformas de streaming.
A estratégia ocorre em meio ao desejo da Netflix de fechar a compra de ativos significativos da Warner, estimada em US$ 72 bilhões, cobrindo ativos de TV, cinema e streaming. A proposta da Paramount intensifica a pressão regulatória, de executivos e de sindicatos que acompanham as negociações em Hollywood.
Desde setembro, a Paramount já havia tentado várias propostas para formar um novo império de mídia capaz de competir com Netflix e Apple, mas todas foram rejeitadas até agora. A ofensiva recente marca a escalada de tentativas frustradas de obtenção de controle sobre a Warner.
Sindicatos alertaram para riscos de demissões e redução de salários em caso de consolidação, enquanto críticos temem concentração excessiva e menor competição no setor de streaming. A Netflix, por sua vez, manteve a postura de conciliar com reguladores, incluindo uma cláusula de multa de rescisão de US$ 5,8 bilhões caso a fusão não seja aprovada.
Além disso, há sinais de intervenção estatal: o presidente Donald Trump se mostrou disposto a participar das negociações, o que aumenta a pressão regulatória nos EUA e no exterior enquanto reguladores avaliam as implicações de uma possível fusão em massa de catálogos e direitos de transmissão.