A Globo utilizou o carnaval como laboratório de inovação para transmissões de entretenimento e esportes. Neste ano, a emissora combinou uma rede privativa 5G com o slicing de uma operadora pública, contando com 28 câmeras no total. Sete delas operavam via 5G, sendo que duas utilizavam o slicing para sustentar 21 horas de conteúdo ao vivo.
O gerente de tecnologia da Globo, Jonas Ribeiro, que participou do Telco Transformation Latam, destacou desafios como a melhoria da qualidade de imagem em transmissões com mobilidade e a redução da latência. A decisão pela rede privada foi tomada para garantir controle técnico total e conectividade exclusiva.
“Em termos de latência, a diferença entre câmeras fixas cabeadas e móveis foi reduzida em mais de dez vezes, chegando a um patamar próximo a cinco frames, o que é relevante quando se trabalha com uma taxa de 30 frames por segundo. A qualidade de imagem também avançou bastante, com pouca diferença entre câmeras fixas e móveis”, explicou Ribeiro.
Após a experiência, a Globo planeja estender a infraestrutura para estádios e grandes eventos esportivos. O próximo desafio é uma partida de futebol, com preferência para um jogo do Flamengo, caso as negociações avancem conforme o esperado.
Assista à entrevista com Jonas Ribeiro, da Globo, para entender como a tecnologia pode transformar a cobertura de grandes eventos.