O estudo The State of Business in Latin America, da Omdia, aponta que o Brasil atingiu 49,3% dos domicílios conectados por fibra óptica no segundo trimestre de 2025, consolidando o país entre os líderes globais em FTTH (Fiber to the Home).
Essa marca representa a adição de 3,5 milhões de novas conexões no período e coloca o Brasil como o quarto maior crescimento mundial na implantação de fibra óptica residencial, atrás apenas de China, Índia e Estados Unidos. O México ficou aproximadamente 1 milhão de conexões atrás.
A expansão é impulsionada pela demanda por maior velocidade e estabilidade, com a fibra substituindo gradualmente o cabo coaxial e outras tecnologias, especialmente em áreas urbanas com infraestrutura moderna.
Ao analisar o cenário, o estudo destaca que a conectividade continua sendo o principal motor de receita para as operadoras de telecomunicações, mas o ritmo de crescimento está mais moderado do que em anos anteriores, refletindo ajustes após grandes investimentos em infraestrutura de rede e na implantação do 5G.
No plano global, o setor de telecomunicações movimentou cerca de 1,6 trilhão de dólares no último ano, com crescimento anual de 1,9%. Já no Brasil, a receita foi estimada em aproximadamente 27 bilhões de dólares, avanço de apenas 0,7% no mesmo período, sinalizando a necessidade de equilibrar investimentos com rentabilidade de longo prazo.
O 5G já está disponível em mais de 1.640 cidades brasileiras; a tendência é que o ritmo de novos investimentos desacelere à medida que a cobertura se estabiliza e as operadoras buscam retorno financeiro sobre os investimentos realizados.
Na América Latina, o estudo aponta que Brasil e México respondem por 79% das conexões 5G registradas no primeiro trimestre de 2025, ainda que a região esteja longe de alcançar uma universalização, com a projeção de crescimento para 2029 estimando 905 milhões de assinaturas móveis e mais de 500 milhões de conexões 5G, ou 55% do total regional.
Por fim, o relatório reforça que a fibra óptica está se consolidando como padrão nacional, especialmente em áreas urbanas e suburbanas, enquanto regiões remotas ainda enfrentam desafios de cobertura e custo. O Brasil, unido ao amadurecimento do 5G, se prepara para uma nova etapa de integração digital na região.