A Ericsson desenvolveu no Brasil uma tecnologia capaz de evitar o superaquecimento de antenas 5G, visando reduzir ou eliminar interrupções no funcionamento das estações rádio base (ERBs) causadas pelo calor excessivo.
A solução nasceu de um projeto em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC) e já foi registrada como patente. O recurso, oficialmente denominado nó de rede rádio e método realizado em uma rede de comunicação sem fio, utiliza um algoritmo inteligente para monitorar a temperatura do equipamento em tempo real.
Na prática, o sistema interrompe o serviço apenas quando identifica o risco de aquecimento elevado, e a transmissão é retomada assim que ocorre o resfriamento. O objetivo é evitar interrupções completas ou danos permanentes aos componentes.
A Ericsson afirma que a tecnologia deve prolongar a vida útil das ERBs, além de reduzir o custo de manutenção. As redes móveis também devem se beneficiar em termos de eficiência, desempenho e sustentabilidade.
“Um exemplo prático é que circuitos internos com expectativa de durabilidade de dez anos podem ter sua vida útil reduzida pela metade em regime de superaquecimento”, diz Igor Guerreiro, inventor e professor da UFC, parceiro da Ericsson. “Este problema é evitado com o suporte da tecnologia desenvolvida.”