Em coletiva realizada em São Paulo, Elias Rogério da Silva, vice-presidente da Diebold Nixdorf para a América Latina, afirmou que os primeiros cinco anos do Pix não alteraram de forma direta as operações da empresa no Brasil.
Ele explicou que, no Brasil, o caixa eletrônico funciona como um atendimento autônomo, o que difere de outros mercados onde o saque com cartão tende a ser mais dominante. “Pix acaba impactando mais a indústria de cartão porque o saque permanece”, afirmou o executivo.
Segundo ele, o Brasil continua sendo uma sociedade fortemente ligada ao dinheiro em papel, com grande parte da economia informal operando fora dos grandes centros e uma estimativa de 5 bilhões de notas em circulação. “Dinheiro é uma questão cultural e o Brasil é uma cash Society”, ressaltou.
Ainda conforme o VP, o Brasil representa a segunda maior operação da Diebold Nixdorf em volume de negócios, atrás dos EUA, com crescimento acima da inflação e ganho de participação de mercado. “Enquanto grandes bancos fecham agências, cooperativas de crédito estão ocupando esse espaço”, comentou.
Ressaltando o desempenho de seus produtos, Elias da Silva destacou que as vendas dos caixas DN Series no mundo foram fortemente impulsionadas pelo Brasil, onde a empresa detém 72% do market share de ATMs recicladores e 60% de participação entre todos os caixas usados.
No que diz respeito ao futuro, a companhia mantém a visão de uma economia de cash em declínio gradual, convivendo com novas tecnologias. “A Diebold tem 166 anos de vida e segue inovando, com investimentos contínuos em inovação, fusões e aquisições, além de talentos”, completou o executivo. Entre novidades criadas no Brasil, destacam-se o Scan&Gol, que integra terminal de self-checkout, sistema móvel de escaneamento de produtos e balança de carrinho, bem como o DN Series Express Check&Go, capaz de funcionar como self-checkout, info ou checkout assistido, com pagamentos digitais e integração com cestas RFID. As soluções foram desenvolvidas no Brasil e fabricadas em Manaus, reforçando o compromisso com o mercado brasileiro. Além disso, o VP informou que a expansão inclui contratos de manutenção de torres de recarga elétrica no país.