Para a DE-CIX, a consolidação do satélite como parte da infraestrutura global da Internet depende de uma integração maior entre redes espaciais e terrestres. O CEO Ivo Ivanov destaca que o foco está na infraestrutura de interconexão, e que o próximo passo é construir rotas de interconexão eficazes, tanto na Terra quanto acima dela, para garantir a baixa latência necessária a usos como a inferência de IA em tempo real.
O objetivo é que ecossistemas espaciais se tornem tão responsivos e confiáveis quanto os que operam em solo, para que, independentemente de onde estejam os usuários — na Terra ou no céu — não haja necessidade de comprometer a conectividade.
Iniciativas como o Space-IX, da DE-CIX, e o projeto Ofelias, da Agência Espacial Europeia, buscam justamente otimizar a troca direta de dados entre satélites em órbita baixa e redes terrestres, incluindo a possibilidade de interconexões entre diferentes redes espaciais.
Os comentários de Ivanov surgem pouco depois de a British Airways anunciar um acordo com a Starlink para oferecer Wi-Fi gratuito para passageiros a partir de 2026, em uma transformação avaliada em 7 bilhões de libras. A DE-CIX aponta esse movimento como evidência de que a conectividade por satélite está se tornando parte fundamental da infraestrutura global da Internet.
Segundo o executivo, onde antes o satélite era visto como opção de reserva, ele está se tornando parte da espinha dorsal da conectividade global. No entanto, a latência continua sendo o maior obstáculo para uma adoção mais ampla da tecnologia, especialmente em cenários que exigem respostas rápidas em tempo real.