O estudo da Deloitte, intitulado O futuro do ecossistema de cibersegurança, reuniu 55 empresas ativas no Brasil. O levantamento mostra que 85% dos executivos percebem a alta direção como comprometida com a segurança digital, mas, ainda assim, metade das organizações não tem uma liderança dedicada ao nível do conselho.
Entre as prioridades de investimento, destacam-se seis frentes no Brasil: cloud, 5G, tecnologias operacionais, ERP, metaverso e IA/computação cognitiva. Em contraste, o ranking global coloca a IA como a prioridade número um; quanto à IA generativa, as companhias brasileiras ocupam a 13ª posição, ante a 2ª colocação mundial.
A capacitação continua sendo ação prioritária para 2025, com 57% das empresas planejando treinamentos e desenvolvimento de equipes. Em seguida, aparece a revisão ou o alinhamento da estratégia de segurança da informação, que ganhou força em relação a 2024, e a implementação de novas tecnologias subiu da 10ª para a 3ª posição.
Apesar do progresso, 45% das organizações não contam com um responsável pela segurança da informação em seus conselhos de administração. Além disso, embora 93% gerenciem fornecedores que acessam dados internos, 55% relatam dificuldades para mapear e controlar riscos de terceiros.
A LGPD aparece como um fator de incentivo ao investimento: 60% dos respondentes afirmam que a norma impulsionou mais recursos na área, e 84% declararam estar em conformidade com suas regras. A amostra contemplou oito setores, incluindo TI e telecomunicações (11%), e 60% dos respondentes ocupam cargos executivos, com 40% atuando na área de segurança da informação.