Prestes a alcançar 700 mil usuários de telefonia móvel, a Brisanet reconhece que o ritmo de expansão da base de serviços celulares está abaixo do esperado, conforme a entrevista concedida ao TELETIME durante o Futurecom 2025, em São Paulo.
O executivo aponta dois entraves principais para ampliar a carteira: a necessidade de convencer o público de que a Brisanet também é operadora móvel e a baixa penetração de smartphones compatíveis com 5G na região.
Nessa linha, a Brisanet tem atuado próximo ao governo para buscar uma redução no preço dos celulares, com o objetivo de ampliar o público potencial para a quinta geração móvel.
A companhia planeja ativar a rede 5G em até 120 cidades do Centro-Oeste no próximo ano. A estratégia começa pela implantação da infraestrutura e, em seguida, envolve a busca de parceiros para conduzir a operação comercial de telefonia móvel na área onde a Brisanet ainda não presta banda larga, a fim de não se apoiar apenas na confiança da marca local.
Sobre o leilão da frequência de 700 MHz, previsto para ainda este ano, Nogueira avalia que essa faixa pode ser uma opção para conectar usuários com celulares mais antigos.
O CEO também defende que as grandes operadoras não possam firmar acordos de compartilhamento de rede (RAN sharing) 5G em cidades com menos de 100 mil habitantes até 2030, citando as obrigações de construção de rede impostas às regionais no leilão da quinta geração.
Confira, a seguir, a entrevista na íntegra.