A China é percebida pelos brasileiros como mais inovadora em tecnologia e inteligência artificial do que os Estados Unidos, segundo levantamento da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados. O estudo ouviu 2.005 brasileiros de todas as regiões entre 15 e 19 de agosto de 2025, revelando que a preferência por produtos chineses vai além do preço e passa a associar liderança em áreas estratégicas como eletrônicos e IA.
Inovação e IA em destaque
A pesquisa aponta que 67% dos entrevistados consideram a China como o país que mais inova em tecnologia, enquanto 26% atribuem esse posto aos EUA. Na área de inteligência artificial, 59% acreditam que os chineses estão à frente, contra 31% que veem os americanos na liderança. Essa percepção é mais intensa no Norte e no Centro-Oeste (72%) e entre quem ganha mais de cinco salários mínimos (71%).
Preferência por eletrônicos
No que diz respeito ao consumo, celulares e computadores fabricados na China são a opção de 62% dos brasileiros, versus 30% que preferem modelos dos EUA. A diferença é mais acentuada entre jovens de 16 a 24 anos (64%) e pessoas que recebem até um salário mínimo (68%). No Nordeste, sete em cada dez entrevistados demonstraram preferência por eletrônicos chineses.
Mercado automotivo e padrões regionais
No setor automotivo, o equilíbrio entre as opções é maior: 47% optam pelos veículos chineses, enquanto 40% escolhem os fabricados nos Estados Unidos. Em Sul (52%) e entre jovens até 40 anos (50%), a tendência é favorecer os carros chineses. Entre quem ganha acima de cinco salários mínimos, a maioria (47%) prefere automóveis norte-americanos.
Hall da liderança tecnológica x áreas de vantagem
Mesmo com a pedida de liderança em tecnologia e IA para a China, os EUA aparecem mais avançados na corrida espacial (59% vs. 28%), além de liderança na indústria de roupas (46% contra 41%). Também são vistos como culturalmente mais atrativos por 47% dos respondentes. A metodologia da pesquisa envolveu 2.005 brasileiros com 16 anos ou mais, em todas as unidades da Federação, com margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%.