É essencial entender que a gestão pública no Brasil não é, por si só, ineficiente. Em Goiânia, durante o IV Congresso Brasileiro de Gestores Governamentais, Tadeu Barros afirmou que o país já conta com várias ilhas de excelência e que é preciso realizar a curadoria dessas práticas para inspirar políticas públicas mais amplas.
Barros ressalta que a disseminação de métodos bem-sucedidos entre estados e municípios não é apenas reconhecimento, mas uma estratégia para melhorar a governança. Ele também enfatizou que a tecnologia precisa ser humanizada; não pode substituir o humano, mas estar a serviço dele. “Nós estamos sendo escravizados. A tecnologia tem de estar a serviço do humano. Por isso falo em PPP — pausa para pensar. Temos de buscar um caminho melhor na relação com a tecnologia”, disse.
Em entrevista à CDTV, do portal Convergência Digital, o especialista do CONSAD reforçou a necessidade de conciliar inovação com boa gestão, promovendo uma relação mais equilibrada entre tecnologia e pessoas. O evento, promovido pela Network Eventos, reuniu gestores públicos para debater governança, inovação e eficiência.
Para estruturar esse ecossistema de boas práticas, Barros defende a curadoria de iniciativas bem-sucedidas como forma de acelerar o aprendizado institucional. Ao promover o compartilhamento de experiências verificáveis, a administração pública pode avançar sem desperdiçar recursos e ampliar resultados em diferentes esferas de governo.