O Global Fraud Index 2025, elaborado pela Sumsub em parceria com Statista, Vixio Regulatory Intelligence, KPMG México e CryptoUK, aponta o Brasil na 101ª posição entre 112 países avaliados, a pior colocação entre as nações da América Latina.
Em relação a 2024, quando ocupava a 96ª posição entre 103 países, houve queda expressiva no índice, refletindo maior incidência de golpes e dificuldades na proteção de dados, apesar do maior acesso a serviços digitais.
Entre os três pilares avaliados, houve leve queda em Saude Econômica e Intervenção Governamental, enquanto o acesso digital foi o único a mostrar melhoria, impulsionado pela expansão de serviços conectados.
Enquanto Luxemburgo lidera com 0,80 de índice de proteção, o Paquistão ficou na última posição pelo segundo ano. Na América Latina, Uruguai figura entre os 30 melhores, e o Peru subiu 24 posições, mostrando variações regionais acentuadas.
Especialistas destacam que o uso de IA tornou-se comum em golpes, com criminosos automatizando tentativas de fraude, mascarando identidades e gerando mensagens convincentes, afetando setores como financeiro, varejo e telecomunicações no Brasil.
O relatório ressalta a necessidade de ações coordenadas entre governos, empresas e ecossistemas de tecnologia, incluindo inclusão financeira, reforço de governança e verificação de identidade contínua, bem como compartilhamento rápido de informações para detectar padrões anômalos.
A metodologia combina dados diários de mais de 1 milhão de verificações da Sumsub com fontes externas como Banco Mundial, Oxford Insights, Transparência Internacional e The Heritage Foundation, baseando-se em quatro pilares e no Triângulo da Fraude: pressão econômica, oportunidade e racionalização.