Tools

News

Notícias

Classificados

Cursos

Broker

IPv4:
IPv6:
UpOrDown
Ping
MTR
MTU Detect
Portscan
DNS
HTTP/SSL
My IP
IP Calc & Sum

Brasil deve alinhar redes e energia para data centers

Image © Telesintese
Painel do Data Center AI & Cloud Summit discute caminhos para viabilizar a próxima geração de data centers no Brasil, enfatizando a integração entre redes, energia e construção industrializada.

A inteligência artificial e a expansão do cloud computing impõem mudanças profundas na infraestrutura de data centers, exigindo mais do que simples adições de servidores. A convergência entre redes, fornecimento de energia e construção industrializada se tornou essencial para ampliar capacidade com baixa latência e maior eficiência energética.

Durante o Data Center AI & Cloud Summit, o painel Integração de Sistemas com Redes e Infraestruturas Físicas de Data Centers destacou que o ecossistema atual precisa de uma abordagem integrada, unindo tecnologia, energia limpa e logística de construção para sustentar o crescimento.

Wellington Menegasso, diretor de vendas do Grupo de Soluções de Infraestrutura (ISG) da Dell Technologies, apontou que o salto de exigência provocado pela IA é considerável. “As cargas mudaram: enquanto racks chegavam a 20 kVA no passado, hoje um servidor com várias GPUs consome muito mais. O resultado é a necessidade de redes com latência inferior a 100 nanosegundos, refrigeração líquida e telemetria conectada à nuvem para monitoramento em tempo real”, afirmou. Ele destacou ainda que a arquitetura precisa ser nativamente inteligente, com distribuição de dados voltada para performance e eficiência.

Construção industrializada reduz prazos e riscos

Essa transformação também mexe com a etapa de construção. Marcos Paraiso, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Modular, explicou que métodos tradicionais não atendem aos prazos exigidos. “A IA acelerou tudo; com crescimento anual de até 30% na demanda, precisamos construir mais rápido, com qualidade e previsibilidade.” A Modular adota um modelo que antecipa 70% da construção para dentro da fábrica, entregando projetos em cerca de 9 meses — frente a 20-24 meses do modelo tradicional. Paraiso ressaltou a importância de manter a escala horizontal, em múltiplos blocos, para não sobrecarregar infraestrutura crítica.

Do lado das redes, Décio Coraça, diretor de engenharia de vendas da Ciena, observou que a interligação entre data centers já saiu dos bastidores para assumir o centro das estratégias digitais. “Canais com até 1,6 Tb/s em duas unidades de rack reduzem consumo de espaço e energia e exigem automação completa e interfaces abertas”, disse. A fabricante enfatiza que velocidade precisa vir acompanhada de escalabilidade e flexibilidade, com arquitetura aberta e componentes de última geração.

Energia: gargalo de transmissão e necessidade de previsibilidade

A energia é o elo crítico para sustentar a densidade computacional de IA. Francisco Scroffa, head de mercado não regulado da Enel, afirmou que a empresa já está reposicionando ativos para atender à demanda digital, com energia limpa e infraestrutura pronta. No entanto, o principal gargalo fica na transmissão: “a energia está concentrada no Norte e Nordeste; o consumo, no Sudeste. A rede ainda não consegue levar tudo com segurança suficiente.” A Enel orienta clientes a migrar operações para regiões próximas às fontes renováveis para maior confiabilidade e custo-benefício.

Leonardo Euler de Morais, vice-presidente de assuntos regulatórios, institucionais e governamentais da Vestas para a América Latina, concordou: “o Brasil tem vocação energética, mas não está pronto para se tornar hub digital sem energia firme, renovável, acessível e disponível 24/7.” Ele pediu reformas no setor elétrico, expansão da malha de transmissão e políticas públicas que integrem geração, armazenamento e uso inteligente de dados e energia.

Gestão inteligente e riscos de cibersegurança

No campo da gestão operacional, Marcelo Duarte, ICT global leader da Emerging International, apresentou o conceito de data center apagado — ambientes operados com mínima intervenção humana, sob supervisão de agentes autônomos. Ele citou o exemplo de Curaçao, onde IA monitora infraestrutura crítica com ferramentas como Grafana, Datadog e Dynatrace. Duarte alerta que automação amplia superfícies de ataque, exigindo proteção integrada desde o piso físico até a camada de software e orquestração.

A Padtec também está se reposicionando, com soluções atualizadas em alimentação elétrica, ventilação e densidade por rack para ambientes com maior exigência térmica e de banda. Alexandre Piovesan destacou que as soluções já estão preparadas para plugáveis coerentes, com uso em hyperscalers. A empresa ainda trabalha junto a governos e bancos para estimular incentivos à expansão da infraestrutura digital — sobretudo no Nordeste, região com maior potencial energético.

 

Telesintese

Notícias relacionadas

APIs Sob Ataque: Proteção da Confiança Digital
Serpro desenvolve IA nacional para frear LLMs estrangeiros
TIP Brasil e Unifique firmam parceria 5G regional
Anatel mapeará condições de Internet no ensino superior
Anatel pode executar garantias para migrar Oi
Desoneração de M2M/IoT não resolve tudo

O ISP.Tools sobrevive graças aos anúncios.

Considere desativar seu bloqueador de anúncios.
Prometemos não ser intrusivos.

Consentimento de cookies

Usamos cookies para melhorar sua experiência em nosso site.

Ao usar nosso site, você concorda com os cookies. Saiba mais sobre o site