Não há indícios de que a interrupção recente da AWS tenha sido causada por um ataque cibernético. Analistas apontam uma falha técnica em um dos principais data centers da Amazon, o que provocou interrupções em serviços dependentes da nuvem e afetou setores como transporte, saúde e finanças.
O episódio não é isolado: outras interrupções da AWS já ocorreram, em 2023 e 2021, deixando sites fora do ar por horas e até impactando operações de entrega da própria Amazon. A infraestrutura global, cada vez mais dependente de provedores de nuvem, pode sofrer efeitos em cascata quando uma peça-chave falha.
De acordo com Rob Jardin, diretor digital da empresa de segurança cibernética NymVPN, falhas em grandes provedores surgem quando sistemas ficam sobrecarregados ou quando uma parte importante da rede cai. “Esses problemas podem ocorrer quando os sistemas ficam sobrecarregados ou uma parte importante da rede cai e, como muitos sites e aplicativos dependem da AWS, o impacto se espalha rapidamente.”
Mike Chapple, professor de TI da Notre Dame, reforça a importância de serviços como DynamoDB – “guardião dos registros da internet moderna” – para a operação de milhares de sites. Ele lembra que “quando um grande provedor de nuvem espirra, a internet pega um resfriado”, salientando a vulnerabilidade compartilhada pela web.
O relato ressalta a fragilidade da infraestrutura digital global e a dependência de grandes provedores para manter a competitividade e a continuidade de serviços. A notícia reforça a necessidade de estratégias de redundância e resiliência para mitigar impactos de eventuais falhas técnicas no ecossistema de nuvem.