A Justiça dos EUA concedeu autorização preliminar para que a Anthropic pague US$ 1,5 bilhão a um grupo de autores pelo download de livros piratas usados no treinamento do chatbot Claude, em um marco significativo nos litígios de direitos autorais envolvendo IA.
A ação foi movida na Califórnia em 2024, com alegações de que a Anthropic utilizou milhares de livros para treinar o modelo. Os autores afirmam que a empresa “baixou intencionalmente cópias piratas conhecidas de livros” de bancos de dados como Library Genesis e Pirate Library Mirror. O processo é liderado por Andrea Bartz, Charles Graeber e Kirk Wallace Johnson, e envolve milhares de autores não identificados.
A aprovação preliminar permitirá que a Anthropic destrua materiais baixados ilegalmente e certifique que não foram usados no treinamento de produtos comerciais. A decisão final será avaliada em uma audiência ainda sem data marcada.
É importante notar que a aprovação preliminar não altera uma decisão de junho, que considerou que o treinamento de IA com material protegido por direitos autorais pode constituir uso justo transformador, mantendo posições controversas sobre a legalidade do download isolado de obras.
Especialistas veem o acordo como um alerta para outros players de IA, incluindo OpenAI e Microsoft, que enfrentam ações judiciais pelo uso de material publicado para treinar seus modelos. Em comunicado ao Mobile World Live, a Anthropic disse estar satisfeita com o acordo, afirmando que permitirá concentrar-se no desenvolvimento de sistemas de IA mais seguros e úteis para pessoas e organizações.