O conselheiro da Anatel, Alexandre Freire, afirmou durante o Futurecom, em São Paulo, que a internet via satélite representa uma das novas fronteiras da regulação e que a agência se prepara para lidar com a expansão dessa tecnologia no Brasil.
Segundo Freire, a demanda por serviços com conexão direta a dispositivos móveis (Direct-to-Device, ou D2D) exigirá a atualização do regulamento que hoje rege o setor.
Ele lembrou que a Anatel já autorizou experiências no país, incluindo a Starlink, que solicitou ampliar testes D2D, acrescentando que já existe autorização para Direct-to-Device.
O sandbox regulatório, já em uso, permite que empresas peçam novas authorizações, mas Freire disse que uma revisão normativa trará mais segurança ao processo.
Sobre soberania digital, Freire destacou a importância de manter dados sensíveis circulando com segurança e, preferencialmente, armazenados no Brasil, citando operações das Forças Armadas com Starlink em fronteiras.
O conselheiro destacou a dimensão geopolítica da conectividade satelital e defendeu que o Brasil diversifique parcerias internacionais, para não depender de um único ator estatal.
