Segundo Daniel Hermeto, engenheiro elétrico com MBA e experiência em posições de liderança, 2026 não será o fim da transformação, mas sim o marco de uma nova fase para compras estratégicas e supply chain.
As tecnologias de IA generativa e automação cognitiva ganham maturidade para uso diário, ajudando na interpretação de contratos, na previsão de demanda e na leitura de riscos. Entre 2026 e 2027, essas ferramentas devem moldar decisões de alta direção.
O contexto global — instabilidade climática, tensões geopolíticas e gargalos logísticos — exige cadeias de suprimentos muito mais ágeis. Empresas precisarão de estruturas digitais conectadas, com digital twins, IoT, plataformas colaborativas e redes de dados que ofereçam leitura em tempo real da operação.
A visibilidade em tempo real deixa de ser um diferencial e passa a requisito básico. A capacidade de transformar dados em inteligência operacional será o que distinguirá organizações, especialmente na gestão de risco.
A cibersegurança passa a ser prioridade de negócio, com o conceito de zero trust se disseminando para além das equipes técnicas, influenciando contratos e a seleção de fornecedores.
Com ESG e rastreabilidade ganhando peso, o procurement migra para modelos que priorizam valor total, previsibilidade e inovação com parceiros estratégicos, em vez de negociações pontuais de savings.
Concluindo, Hermeto afirma que 2026 é divisor de águas: quem abraçar tecnologia e novas formas de operar entrará em 2027 com vantagem competitiva; quem resistir enfrentará obsolescência em um mundo onde supply chain e redes digitais já caminham juntas.
Daniel Hermeto é engenheiro pela Universidade Federal de Itajubá, com MBA pela FIA/USP e passou 25 anos atuando em posições C-Level na Motorola, Oi, Claro e TIM, liderando Supply Chain Management e Procurement Estratégico.