A Oi finalizou a digitalização de todas as interconexões com operadoras, migrando tráfego de voz e dados para plataformas digitais, em meio à reestruturação conduzida pela gestão judicial da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro desde 30 de setembro.
O projeto migrou estruturas de tráfego de voz e dados para uma plataforma IP hospedada na nuvem, chamada UCS. A solução substitui a infraestrutura de cobre por IP, permitindo que a linha fixa utilize a internet como meio de transmissão, com telefonia IP, PABX virtual e interconexões entre operadoras via SIP, acessível a partir de qualquer dispositivo conectado.
O trabalho, coordenado pela equipe técnica da gestão judicial, envolveu 258 operadoras em 27 estados, com a migração de 4.325 rotas. A substituição da infraestrutura culminou na retirada de 370 mil quilômetros de cabos e 80 mil estações antigas, consolidando a rede em apenas duas estações digitais, localizadas no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.
Além de simplificar a topologia, a digitalização aumenta a estabilidade e a velocidade das transmissões, facilitando a integração entre operadoras de diferentes portes — incluindo provedores regionais que interligam suas redes à infraestrutura da Oi. O projeto também alcançou os antigos orelhões, que passaram por modernização em parceria com a Hughes, com serviço migrado para operação via satélite em mais de 7 mil pontos, especialmente em localidades remotas.
A intervenção judicial da Oi afastou a antiga administração e nomeou novos gestores: Bruno Rezende na matriz e Tatiana Binato nas subsidiárias Serede e Tahto. Em 30 de outubro, a juíza Simone Gastesi Chevrand prorrogou por dez dias a decisão de liquidação provisória da companhia, determinando também a transição de serviços essenciais até a conclusão do processo. (Com assessoria de imprensa)”