Uma decisão da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, no dia 19 de dezembro de 2025, antecipou os efeitos da liquidação da Serede, subsidiária de serviços de rede da Oi que está em recuperação judicial. A magistrada Simone Gastesi Chevrand descreveu o ato como um passo inicial rumo à decretação da falência da Serede, similar ao que ocorreu com a Oi no fim de setembro.
A decisão também suspendeu por 60 dias as obrigações extraconcursais da empresa, determinou a rescisão ipso jure de contratos vigentes e ordenou o início imediato da arrecadação de bens.
Foi autorizada ainda a celebração pela administração judicial de rescisões de contratos laborais, em cooperação com sindicatos, em busca de reorganizar a massa salarial durante o processo de recuperação.
Segundo a Justiça, dos 4,7 mil funcionários da Serede, 1,7 mil estariam ociosos diante da indisponibilidade de recursos para pagamento de indenizações, o que reforça a percepção de inviabilidade financeira.
Junto com a Serede, a Tahto, subsidiária da Oi para serviços de call center, também está em recuperação judicial, e, conforme o processo, seguirão tramitações paralelas.
Um pedido de convolação da recuperação em falência foi apresentado pela gestora e administradora judicial da empresa, Tatiana Binato, que apontou piora contínua do patrimônio e a impossibilidade de equalizar ativo e passivo, com passivo estimado em cerca de R$ 800 milhões.
A subsidiária opera agora com apenas dois contratos ativos – um para gestão de operações da rede (NOC) e outro para retirada de cobre – e há débitos de R$ 44 milhões pendentes desde fevereiro de 2025.
Relatos de revolta de alguns funcionários surgiram após a decisão, com manifestações em grupos sindicais que, em alguns casos, teriam até ameaçado ações contra a rede da V.tal. Tais medidas não contam com apoio de federações ou sindicatos de trabalhadores, segundo fontes.