A parceria entre o portal Itshow e a associação MCIO (Mulheres CIOs) marca a estreia da nova temporada do MCIO Talks, trazendo um debate essencial sobre a jornada estratégica do CIO. O primeiro episódio contou com Karine Chaves (CTIO da Junto Seguros) e Igor Freitas (VP de Tecnologia da Cogna Educação), mediados por Márcia Wolff, executiva de tecnologia e representante do MCIO.
Logo no começo, Márcia reforçou a importância de olhar para além da tecnologia: “É o momento de falarmos não apenas de tecnologia, mas da pessoa por trás do profissional. Como o CIO vive esse papel dentro das empresas e como pode trazer inclusão para o mundo.”
O episódio discutiu a evolução do CIO, que passa de gestor operacional a protagonista da transformação digital. Igor Freitas ressaltou que a rede de contatos é essencial: “A rede de relacionamento é tudo. Como você se posiciona e como se comunica pode gerar alavancas poderosas e abrir oportunidades decisivas na carreira e nos negócios.” Ele ainda lembrou que o CIO não deve apenas manter sistemas: “Não basta entregar sistemas. O diferencial é transformar tecnologia em impacto real para o negócio, superando a percepção de que TI é cara, lenta ou distante.”
Essa visão se conecta à jornada estratégica do CIO, em que a tecnologia deixa de ser apenas suporte e passa a ser corresponsável pelo valor entregue ao cliente.
Karine Chaves reforçou que o diferencial competitivo de qualquer organização não está apenas nos processos ou na infraestrutura tecnológica, mas nas pessoas: “Hoje, falo cada vez menos de tecnologia e processos, e mais de pessoas. A tecnologia e os processos são apenas meios; é através das pessoas que alcançamos os resultados.”
Para ela, a jornada estratégica do CIO depende de soft skills como adaptabilidade, resiliência e capacidade de comunicação: “Saber se comunicar é traduzir a estratégia de negócios em propósito para o time. Especialmente com gerações como Gen Z e Millennials, engajar significa mostrar o porquê por trás de cada iniciativa.”
O MCIO, representado por Márcia Wolff, também reforçou a relevância da diversidade na alta liderança de tecnologia. Segundo ela, apenas 16% dos cargos de liderança em TI são ocupados por mulheres. “A MCIO gosta de divulgar conteúdos que tragam tanto homens quanto mulheres, porque acreditamos que diversidade e inclusão são essenciais no mercado de tecnologia.”
Esse aspecto amplia a discussão sobre a jornada estratégica do CIO, que não se limita à inovação, mas também à capacidade de criar ambientes inclusivos e colaborativos.
Outro ponto destacado no episódio foi a necessidade de o CIO atuar lado a lado com o CEO e demais líderes estratégicos. Como lembrou Karine Chaves: “O CIO que ainda não entendeu que ele é parte do negócio está com os dias contados. A tecnologia por si só não resolve; é preciso cocriar com as áreas para entregar valor real.”
Igor Freitas complementou ressaltando que, em empresas digitais, tecnologia e negócio são indissociáveis: “Uma empresa burocrática e hierárquica, que isola a TI apenas para cuidar de sistemas ou ERP, terá um limite de crescimento. Já uma empresa digital precisa que a tecnologia faça parte do negócio, em verdadeira simbiose.”
Essa discussão reforça a ideia de que o CIO deve ser protagonista do negócio, cocriando com CEOs e áreas setores para entregar valor real. O episódio também aponta para a importância da diversidade e da liderança centrada em pessoas na construção de organizações mais ágeis e inovadoras.
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