A cultura é o elemento decisivo na adoção de IA. Segundo especialistas, o caminho começa pelo porquê, alinhando as iniciativas de IA ao propósito, visão e estratégia da empresa. Antes de qualquer implementação, a organização deve mapear objetivos para os próximos 3 a 5 anos e identificar gargalos operacionais que a IA pode abordar. Também é essencial realizar uma autoavaliação sobre dados, força de trabalho, capacidade de investimento, infraestrutura e parcerias de tecnologia para entender pontos fortes e áreas de melhoria.
Com esse alinhamento em mãos, as empresas devem identificar e priorizar as oportunidades de IA. O levantamento de processos revela tarefas manuais, repetitivas, de comparação de dados ou sujeitas a erros que consomem tempo ou muitos recursos humanos. Para cada oportunidade, é necessário documentar os motivos, explicar como a IA pode se encaixar e, principalmente, verificar se a solução está de fato alinhada à estratégia do negócio, incluindo uma avaliação de ROI e TCO.
A gestão da estratégia de IA envolve estrutura, governança, implementação e cultura. O texto recomenda formar equipes fortes de IA, seja internamente ou com parceiros, estabelecer governança de dados e adotar uma infraestrutura flexível que permita implementações rápidas. Além disso, é crucial escolher o modelo operacional de IA: centralizado, descentralizado ou híbrido, sempre com um comitê multidisciplinar que reduza silos e defina regras éticas. O tema ético é citado com menção ao Projeto de Lei n° 2338, de 2023, que trata do uso da IA no Brasil.
Com governança fortalecida, deve-se planejar o programa em curto, médio e longo prazo, considerando recursos financeiros, humanos e de tecnologia, e manter a prática de revisar o plano de forma ágil. A gestão da mudança é apontada como parte essencial do sucesso, pois envolve engajar stakeholders, comunicar impactos e preparar a organização para as novas formas de trabalho. A implementação, por sua vez, deve seguir uma abordagem gradual: piloto controleado, implantação por unidade ou área, e monitoramento contínuo para verificar se os KPIs são atingidos.
Em síntese, as iniciativas de IA são jornadas que exigem aprendizado contínuo e cultura organizacional fortalecida para evitar o medo que freia a inovação. A mensagem final destaca a importância de manter a confiança e o engajamento dos líderes, acompanhando as novidades do setor e reforçando a cultura de rápidas iterações e melhorias.