A indústria de telecomunicações viu nascer uma força-tarefa integrada por associações setoriais para enfrentar a crise de limpeza dos postes, tema discutido recentemente em painel da Futurecom 2025. A ideia é desenhar uma agenda séria e urgente para a limpeza, com ações coordenadas entre os elos da cadeia e órgãos reguladores.
Segundo Luiz Henrique Barbosa, presidente da TelComp, há variações de preços e uma concorrência desleal provocada pelo uso de postes sem a devida remuneração. “É essencial que a limpeza seja feita de forma transparente e que o papel de cada ator na cadeia fique claro”, disse ele, ao comentar a necessidade de um projeto piloto para testar modelos de atuação.
A conversa também abordou a dificuldade de alinhamento entre Anatel e Aneel, e a percepção de que a desordem já se reflete em centenas de cidades, com episódios de cortes de cabos por parte de prefeitos em meio ao desespero público. Barbosa ressaltou que o problema gera riscos diários, incluindo incêndios de cabos.
As entidades pretendem apresentar uma agenda com regras claras, padrões de conduta e pilotos práticos para avaliar impactos. A cúpula da Futurecom 2025 serviu de palco para unir setor privado e reguladores em torno de uma resposta rápida e articulada. A CDTV traz, em entrevista, o resumo das declarações de Barbosa sobre o tema.