O IT Summit 2025, programado para o dia 6 de novembro no WTC Events Center, em São Paulo, contará com a presença de Pedro Mota Cortella como keynote. A palestra, intitulada Apaixone-se pela mudança, propõe uma reflexão sobre como ética, inovação e liderança devem caminhar juntas em um cenário tecnológico em constante reinvenção.
O evento reunirá mais de 500 líderes estratégicos, entre CIOs, CISOs, CTOs e tomadores de decisão, com trilhas dedicadas a CIO Conference, CISOs Conference e Salas de Imersão setoriais. A proposta é oferecer caminhos que vão além de soluções tecnológicas, mirando decisões mais conscientes e sustentáveis.
Em entrevista exclusiva ao Itshow, Cortella afirma que toda mudança tecnológica é, na prática, uma mudança humana. “A tecnologia acelera o que já está latente em nós: o desejo de evoluir, mas também o medo de perder o controle. Resistir à mudança é resistir à própria vida. Apaixonar-se pela mudança é enxergar o novo como convite à reinvenção do olhar, do propósito e da forma de liderar.”
Para o filósofo, a liderança em tempos exponenciais exige uma postural realista: ❤️ amar a mudança implica aceitar desconforto, dúvidas e desapego. O líder deve deixar de ser apenas gestor de processos para tornar-se guardião de sentidos, pronto para desaprender estratégias ultrapassadas e abrir espaço para o novo, sempre com ética e presença.
Um dos focos centrais da fala é o paradoxo entre controle e inovação. Cortella ressalta a necessidade de três competências que não aparecem em dashboards: discernimento, adaptabilidade e coerência. “Não se hipnotizem pela tecnologia; o papel do líder hoje é traduzir a complexidade em significado, investindo mais em pessoas do que em sistemas, porque a transformação digital é, acima de tudo, cultural.”
A discussão sobre inteligência artificial, conforme ele adianta, não se resume a tecnologia em si, mas a responsabilidade humana. “A IA amplifica intenções humanas. Perguntar para quê antes de como e manter o humano no centro das decisões são práticas essenciais para evitar vieses, exclusão ou manipulação.”
Por fim, Cortella aponta que ética é a infraestrutura invisível da inovação. Inovar com propósito é sobre sobrevivência e, mais do que acompanhar tendências, criar culturas que acolham o erro, promovam curiosidade e garantam impacto positivo na vida das pessoas. O futuro, diz ele, pertence aos líderes que conjugam consciência e competência.