O Ministério da Defesa publicou nesta terça-feira, 14 de outubro de 2025, a segunda edição do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (Pese). A nova edição substitui a versão de 2018 e foi formalizada pela Portaria GM-MD nº 4.566, publicada no Diário Oficial da União, estabelecendo diretrizes para o desenvolvimento, operação e uso de sistemas espaciais de interesse do Ministério da Defesa.
O Pese abrange satélites, veículos lançadores, centros de controle e capacitação técnica, com o objetivo de orientar e coordenar a implantação e a operação dos sistemas espaciais, assim como definir o futuro desejado para a exploração do domínio espacial. O governo também prevê revisões do plano a cada quatro anos para incorporar avanços tecnológicos globais.
Sob a égide da autonomia, o programa busca garantir acesso autônomo ao espaço e domínio sobre tecnologias críticas, reduzindo a dependência de soluções estrangeiras. O Pese também alinha-se com políticas públicas como a PNDAE e ENCTI, visando ampliar a capacidade dissuasória do Estado e fortalecer a Base Industrial de Defesa.
Entre os projetos em andamento estão o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC-1), ativo desde 2017, bem como os satélites Carcará 3 e 4, lançados em 2024, e o desenvolvimento do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1). O plano ainda abre a possibilidade de SGDC-2 ou de uma constelação de satélites em órbitas baixas para comunicações estratégicas.
O documento menciona a atuação da Empresa de Projetos Aeroespaciais do Brasil (Alada), que deverá atuar na exploração comercial do complexo espacial nacional e na captação de investimentos privados, descrita como uma medida estratégica para promover a autossuficiência em projetos aeroespaciais vitais para soberania e segurança.