Um dos principais desafios para os grandes fornecedores de tecnologia de conectividade é manter o ritmo de substituição das redes móveis e evoluir para o 5G Advanced, com visão de longo prazo até o 6G. Embora o caminho pareça simples, a disposição dos operadores de telecomunicações para novos investimentos continua sendo a chave, visto que o 5G nem sempre gera receitas adicionais de imediato.
Para Daniel Zhou, presidente da Huawei na América Latina, esse não é o maior obstáculo na região. Ele aponta que no Brasil e no Chile os primeiros testes com o 5.5G já estão em curso, e que o cenário tende a ficar mais estável à medida que o mercado passa por consolidações. “O mercado tem se tornar mais saudável com consolidações”, afirma.
Zhou destaca que o ambiente de negócios está se tornando mais equilibrado e racional, o que facilita novos investimentos. “Nos últimos 12 a 18 meses, na América Latina, vimos uma grande mudança: a consolidação está ocorrendo”, comenta, indicando que muitos dos maiores operadores devem encontrar um melhor ambiente para novas oportunidades.
Outra variável apontada pelo executivo é a necessidade de avançar tecnologicamente, mas conectando a telecomunicação às indústrias verticais. Ele vê nessa articulação a principal oportunidade para que o 5G gere novas receitas, não mais apenas para o uso humano, mas para “as coisas”.
“É a promessa do 5G, mas que agora se concretiza não no usuário final, mas sim nas coisas”, sintetiza, ressaltando que esse movimento pode trazer rentabilidade ao ecossistema. (A reportagem viajou a convite da Huawei para o Huawei Connect.)