Durante o Painel Telebrasil 2025, o CMO da Huawei no Brasil, Carlos Roseiro, afirmou que o preço médio dos smartphones 5G continua elevado e impede a adoção da rede no país.
Ele ressaltou que, apesar da expansão do 5G, o custo ainda é proibitivo para boa parte da população e que a tendência natural é de queda dos valores logo após o lançamento, como ocorreu com 3G e 4G. No entanto, os preços médios do 5G permaneceram num patamar acima do 4G e, em alguns casos, cresceram nos últimos trimestres.
Segundo Roseiro, a explicação está na distribuição dos portfólios: a massificação de smartphones de entrada em 4G foi significativa (aproximadamente 80% dos lançamentos), enquanto no 5G esse percentual é menor e a oferta de gama baixa é menos expressiva.
A Huawei sugeriu ampliar a presença de aparelhos de entrada com 5G nos portfólios das operadoras e pediu incentivos tributários para reduzir o preço final e estimular a produção nacional de celulares de baixo custo. Dados de sites de comparação mostram a diversidade de opções: 23 modelos até R$ 1.000; 109 entre R$ 1.000 e R$ 2.500; 98 entre R$ 2.500 e R$ 5.000; e 73 acima de R$ 5.000.
Sobre a evolução do 5G, o executivo comentou que o Brasil já está na fase de aceleração da adoção, com a maturidade ligada à expansão de cobertura em rodovias e áreas rurais. Ele citou também o debate sobre o 6 GHz: o lançamento do 5G-A pode ocorrer sem o novo espectro, mas sua adoção em larga escala depende dessa faixa.
Relatório da Huawei aponta que a penetração do 5G ainda varia bastante por município: 31% dos usuários com 5G em cidades com mais de 100 mil habitantes, 13% em municípios entre 30 mil e 100 mil, e apenas 2% nos locais com menos de 30 mil habitantes.