O Grupo TIM, antigo nome da Telecom Italia e controlador da TIM Brasil, registrou receita de 9,97 bilhões de euros nos primeiros nove meses de 2025, alta de 2,3% frente ao mesmo período de 2024. O prejuízo líquido atingiu 109 milhões de euros, uma diferença considerável frente ao déficit acumulado no ano anterior.
A melhora veio principalmente da operação brasileira, que representa 31% do faturamento do grupo, com crescimento de 4,7% no período, acima do registrado pela unidade italiana (+1,2%). O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) somou 3,2 bilhões de euros, elevação de 5,4%, com o Brasil registrando +6,8% e a Itália +4,1%.
No que diz respeito a investimentos, o capex em nove meses atingiu 1,2 bilhão de euros, praticamente estável e correspondendo a 12,1% da receita. Já a dívida financeira líquida após aluguéis ficou em 7,54 bilhões de euros, com alta de 279 milhões de euros no trimestre, em parte decorrente do pagamento de dividendos pela TIM Brasil.
Entre contratos, o grupo assinou um acordo de operadora móvel virtual (MVNO) com a Poste Italiane, a maior acionista individual da TIM. A PosteMobile poderá migrar clientes para a rede da TIM italiana no 1º trimestre de 2026, abrindo espaço para vendas direcionadas a varejo e PMEs, deixando para trás a infraestrutura da Vodafone.
Além disso, a TIM e a Poste Italiane assinaram uma carta de intenções para firmar uma joint venture de serviços de nuvem com apoio de Inteligência Artificial (IA) generativa e tecnologias de código aberto. No fim de setembro, as empresas também lançaram uma oferta conjunta de energia e gás aos clientes no mercado italiano.