A velocidade média de download da Starlink no Brasil atingiu 109,9 Mbps no terceiro trimestre de 2025, conforme relatório da Ookla. O estudo registra esse valor com base em testes de usuários, destacando que há diferenças metodológicas em relação à média global anunciada pela própria Starlink, que fica em aberto para o período citado em torno de 220 Mbps.
Para comparação, a média de banda larga de todo o Brasil, considerando todos os provedores e tecnologias (incluindo fibra), ficou em 210,81 Mbps no mesmo trimestre, segundo o relatório da Ookla.
Na América Latina, o desempenho da Starlink somou uma média de 82,5 Mbps no 3º trimestre de 2025, o que coloca a empresa à frente de concorrentes como Viasat e HughesNet. O levantamento aponta avanços em mercados-chave como Chile, México, Brasil e República Dominicana desde o início de 2025, sendo o Uruguai o destaque com 170,9 Mbps, a maior velocidade média entre os 15 mercados avaliados.
A Ookla aponta que o aumento de velocidades nesses mercados está relacionado à instalação de novas estações terrestres e a melhorias de infraestrutura. Em termos de tecnologia, a internet via satélite, na região, cresceu de 29,12 Mbps no 1º trimestre de 2023 para 72,01 Mbps no 3º trimestre de 2025, com a Starlink respondendo por 98,2% dos testes de velocidade satélite na América Latina.
Quanto à competição, o relatório indica possibilidades de mudança com o aumento da oferta de satélites de outras empresas. O Project Kuiper (Amazon LEO) deve ganhar operação comercial na região até o fim do ano, e a Vrio prepara planos para vender conexões de baixa órbita da Amazon por meio de DirecTV Latin America e Sky Brasil. A Viasat também lançou recentemente o satélite Viasat 3A, ampliando o atendimento às Américas.